A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) referente a 2013, divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que, em relação ao item serviços básicos, houve um aumento de 2,1% no número de domicílios particulares permanentes. O total de domicílios alcançou, em 2013, cerca de 65,1 milhões. O número aponta para continuidade de alta em comparação ao ano anterior. Por regiões, o maior crescimento percentual foi registrado no Norte (3,2 %) e Centro-Oeste (2,9 %), enquanto o Sudeste teve a menor expansão (1,5%). O IBGE destacou, porém, que em termos absolutos, as regiões Sudeste e Nordeste apresentaram maior aumento, com 431,3 mil unidades e 381,6 mil, respectivamente. Do universo de domicílios ocupados em 2013, 74,5%, eram próprios, e 17,9% eram alugados.
Cresceu 2% em 2013 o número de residências com abastecimento de água. Com isso, 1,1 milhão de unidades passaram a ser atendidas pela rede. Cerca de 85,3% das habitações existentes no país, equivalente a 55,6 milhões, tinham água encanada no ano passado. O maior aumento foi observado na Região Sul, de 87,1% para 88,5%. Já a Região Centro-Oeste teve a maior redução, de 86% para 84,6%.
A pesquisa revela que o total de domicílios com coleta de esgoto e fossa séptica chegou a 41,9 milhões no ano passado, aumentando de 63,3% para 64,3%. A maior cobertura permaneceu com o Sudeste (88,7%), enquanto a menor (19,3%) foi registrada no Norte. Todas as regiões apresentaram avanços, salientou o IBGE. Os mais significativos ocorreram no Sul (8,4 %), no Norte (8,3 %) e no Centro-Oeste (7,1 %).
Na coleta de lixo, as casas atendidas subiram 3,2 % em 2013, em comparação ao ano anterior, passando de 56,6 milhões para 58,4 milhões. Foram beneficiados 89,8% de habitações. Em 2012, o índice era 88,8%. A maior expansão foi observada no Nordeste (5,1 %). De acordo com o IBGE, o Sudeste manteve a liderança na oferta do serviço, com 96,3% de casas atendidas. O Norte e o Nordeste, em contrapartida, se mantiveram com as menores proporções de domicílios atendidos (78,8% e 78,5%, respectivamente).
Comparando o acesso a serviços básicos em 2013 em relação a 2001, o IBGE constatou que o crescimento da proporção de unidades atendidas foi 5,3 pontos percentuais, no caso de abastecimento de água; 10,9 pontos percentuais, para rede de esgoto sanitário e fossa séptica; 7,7 pontos percentuais, para coleta de lixo.
Sobre energia elétrica, a pesquisa apurou crescimento de 2,1 pontos percentuais, com o total de 99,6% de domicílios atendidos. Excetuando o Norte (97,7%), as demais regiões registraram percentual acima de 99%. Sul e Sudeste superaram a média nacional, alcançando 99,9% cada.
A Pnad registra alta de 3,8 % no número de residências com acesso a algum tipo de telefone de 2012 a 2013, o que corresponde a 92,7%. Abaixo da média nacional, se mantêm o Nordeste (86,8%) e o Norte (86,2%). A pesquisa verificou ainda que mais casas têm somente celular, enquanto diminui a quantidade somente com telefonia fixa: 34,6 milhões de unidades tinham apenas telefone móvel (aumento de 5,6 %), em 2013, enquanto o acesso só à telefonia fixa caiu na mesma proporção (5,6 %), somando no ano passado 1,8 milhão de domicílios.
A maior expansão de acesso a celular foi observada na Região Centro-Oeste (8,4 %), atingindo 62% das unidades residenciais.
Comparativamente a 2001, a pesquisa revela aumento de 58,9% para 93,3% na quantidade de domicílios em que pelo menos uma pessoa tinha acesso ao serviço de telefonia móvel ou fixo no ano passado. No período 2001/2013, houve, porém, queda de 25,1 pontos percentuais no número de unidades com apenas telefone fixo convencional, enquanto subiu em 45,3 pontos percentuais a quantidade de domicílios com somente telefone móvel. A pesquisa apurou ainda que 75,5% da população residente no Brasil, em 2013, tinham celular para uso pessoal.
Edição: Fábio Massalli